O Reino Unido e a Alemanha anunciaram hoje a existência de mais casos do novo coronavírus, detetado em dezembro na cidade chinesa de Wuhan, elevando para 30 o número total de casos confirmados do vírus na Europa.
Na Alemanha, todos os casos de infeção por coronavírus estão centrados na mesma empresa, a Webasto, fornecedora de peças para automóveis, cuja sede, fora de Munique, foi visitada por um formador chinês.
O 13.º caso confirmado surgiu na quinta-feira a uma mulher de um funcionário que foi previamente diagnosticado com o vírus.
Dois filhos de funcionários da empresa estão entre os infetados.
No Reino Unido, as autoridades confirmaram o terceiro caso, indicando tratar-se de um paciente que não contraiu o vírus no país.
Os outros dois casos são de um estudante chinês que estuda na Universidade de York, na Inglaterra e de um familiar seu.
O embaixador da China no Reino Unido disse que o seu país estava "totalmente confiante em combater o vírus" e instou outras nações a evitar reações exageradas.
"Espero que os Governos de todos os países, incluindo o Reino Unido, compreendam e apoiem os esforços da China, evitem reações exageradas, o pânico e garantam a cooperação e as trocas normais entre países", indicou o embaixador aos jornalistas em Londres.
A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.