O Kremlin anunciou hoje que começou a medir sistematicamente a temperatura dos participantes em eventos que contem com a presença do Presidente russo, Vladimir Putin, devido ao novo coronavírus detetado em dezembro na cidade chinesa de Wuhan.
"É uma medida de precaução", indicou o porta-voz do Presidente russo, Dmitry Peskov, à agência de notícias Ria Novosti, enquanto os jornalistas que se deslocaram hoje ao Kremlin para um evento oficial foram sujeitos à medição da sua temperatura.
Dmitry Peskov disse ainda que a medida afetaria todos os participantes em eventos em que Vladimir Putin também estivesse presente.
"Agora, existe um novo procedimento de controlo no Kremlin: uma pessoa com uma câmara térmica está a medir a sua temperatura", dissera antes o jornalista Anton Jelnov, do canal de televisão independente Dojd, na rede social Facebook.
Segundo a Ria Novosti, todos os jornalistas presentes no Kremlin foram sujeitos a uma medição da temperatura antes do início da reunião de hoje do Conselho de Estado.
Altos funcionários, citados pela agência russa, confirmaram que a medida foi introduzida para impedir a propagação do vírus.
Até agora, dois casos de pacientes infetados com o novo coronavírus foram confirmados pelas autoridades em território russo.
A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Esta não é a primeira vez que o Kremlin adota medidas de precaução.
No ano passado, o Presidente russo levou o seu próprio copo para um jantar do G20, grupo das maiores economias do mundo, provocando interrogações de utilizadores de Internet.