A justiça alemã está a investigar uma enfermeira da unidade de cuidados intensivos suspeita de uma tripla tentativa de homicídio por injeção em pacientes de um hospital universitário, anunciou hoje o Ministério Público de Saarbrücken.
A alemã, de 34 anos, é suspeita de ter administrado em janeiro "medicamentos não prescritos por médicos" a três pacientes da unidade de cuidados intensivos da clínica pulmonar de Homburg, no Sarre, indicou a porta-voz do Ministério Público de Saarbrücken, Dominik Degel, à agência de notícias France-Presse.
Esses pacientes, pelos quais a enfermeira era responsável, registaram "um agravamento inesperado, medicamente inexplicável" e em parte "uma deterioração do seu estado de saúde, colocando em risco a sua vida", explicou a mesma fonte.
Uma amostra de sangue de um paciente revelou que tinha recebido medicamentos sem receita médica, no entanto, a enfermeira negou categoricamente os factos.
Detida em 27 de janeiro, a alemã foi libertada no dia seguinte sem que um mandado de detenção tenha sido ainda emitido.
Segundo o Ministério Público, está em curso uma investigação do caso.
Recentemente, a justiça alemã anunciou que continua a investigar um outro caso, de cinco bebés prematuros injetados com morfina numa clínica de Ulm, no sul da Alemanha, tendo libertado uma enfermeira que tinha sido detida.
A enfermeira esteve quatro dias detida e continua a ser, a par de outros cinco colegas que trabalharam na noite da intoxicação dos bebés, suspeita do crime.
Os factos remontam a dezembro, quando cinco bebés prematuros apresentaram, quase ao mesmo tempo, problemas respiratórios agudos.
Apesar de nenhum dos bebés ter sofrido sequelas pelo incidente, segundo o hospital, as análises revelaram que os cinco tinham traços injustificados de morfina no organismo.
O hospital apresentou uma queixa em 17 de janeiro e os investigadores revistaram os cacifos e armários da equipa presentes naquele dia na maternidade, tendo descoberto uma injeção de leite materno com morfina no cacifo de uma enfermeira.