O Governo de Macau está a utilizar viaturas equipadas com altifalantes para pedir às pessoas que fiquem em casa e alertar que a prevenção do surto do novo coronavírus encontra-se numa fase crucial.
O “apelo veemente” do Governo de Macau, gravado em mandarim, cantonês, chinês e português, lembra que “a prevenção da epidemia atingiu o seu momento crucial”.
“Mantenha-se em casa e evite a concentração de pessoas, vamos em conjunto prevenir a epidemia”, pode ouvir-se nas ruas da península de Macau e da ilha da Taipa.
A comunicação vai ao encontro dos apelos recentes das autoridades para que os residentes evitem sair à rua e permaneçam em casa, de forma a reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus chinês na região admimistrativa especial chinesa, onde já foram identificados dez casos de infeção.
O Governo enviou milhares de funcionários públicos para casa, onde continuam a trabalhar, mas à distância, outra das soluções para combater os perigos do surto, que já causou 563 mortos e infetou mais de 28 mil pessoas na China, onde começou a epidemia, numa cidade do centro do país, Wuhan, capital da província de Hubei.
Macau fechou os casinos e anunciou o encerramento de espaços culturais e desportivos, bem como de todo o tipo de negócios, o que praticamente está a paralisar a economia, já em recessão.
Na terça-feira, o chefe do Governo do território, Ho Iat Seng, assumiu que aquelas eram decisões difíceis e iam "causar muitos danos económicos, mas Macau consegue assumir esse risco".
O Consulado-geral de Portugal estima existirem 170 mil portadores de passaporte português entre os residentes em Macau e em Hong Kong. Destes, apenas cerca de seis ou sete mil serão expatriados.