A Fundação Bill & Melinda Gates prometeu hoje investir 100 milhões de dólares (cerca de 90 milhões de euros) no combate ao novo coronavírus, que já matou quase 500 pessoas.
A fundação liderada pelo casal Gates anunciou que 20 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros) serão destinados a instituições como a Organização Mundial de Saúde (OMS), os centros Americano e Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, bem como a Comissão Nacional de Saúde da China.
Verba idêntica será destinada às autoridades de saúde pública em países da África Subsaariana e do Sudeste Asiático, áreas que foram afetadas desproporcionalmente por epidemias recentes, incluindo a pandemia do H1N1, em 2009.
Os restantes 60 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) serão aplicados em pesquisa de vacinas, tratamentos e ferramentas de diagnóstico.
“Organizações multilaterais, governos, setor privado e organizações filantrópicas devem trabalhar juntas para retardar a epidemia, ajudar os países a proteger os seus cidadãos mais vulneráveis e acelerar o desenvolvimento de ferramentas para controlar a epidemia", disse o diretor-geral da Fundação Gates, Mark Suzman.
A China elevou hoje para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Foram 64 as mortes na China registadas nas últimas 24 horas, segundo as autoridades de Pequim.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.