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Vírus: Estados Unidos retiram mais cidadãos de Wuhan

LUSA
05-02-2020 09:10h

Duas aeronaves repatriaram hoje para os Estados Unidos cidadãos norte-americanos retidos em Wuhan, o epicentro da epidemia do novo coronavírus na China, anunciou o Departamento de Estado norte-americano.

Os dois voos transportam mais de 305 passageiros, no total, elevando o número de pessoas repatriadas por Washington por via aérea para "mais de 500", segundo as autoridades norte-americanas.

Um primeiro voo, com 195 pessoas, deixou Wuhan na semana passada. Todos os passageiros foram colocados sob quarentena obrigatória, numa medida inédita no país desde os anos 1960.

"Todos os viajantes foram submetidos a análises no aeroporto antes da partida" e serão colocados em "observação médica" após chegarem, informaram as autoridades.

"O Departamento de Estado continua a trabalhar com a China para organizar um ou mais voos adicionais para norte-americanos que desejem retornar aos Estados Unidos a partir de Wuhan", acrescentou.

Existe mais um voo agendado para quinta-feira.

O exército dos EUA está pronto para abrigar mil pessoas que serão colocadas em quarentena.

Washington também pediu aos seus cidadão que não visitem a China e encerrou as fronteiras dos Estados Unidos a viajantes estrangeiros que tenham estado no país asiático recentemente.

A China elevou hoje para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Foram 64 as mortes na China registadas nas últimas 24 horas, segundo as autoridades de Pequim.

A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Vários países já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, colocada sob quarentena, em 23 de janeiro, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades chinesas por um período indefinido.

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