Dezassete estudantes timorenses que estavam na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, vão ficar de quarentena na Nova Zelândia para onde estão a viajar, disseram hoje fontes do Governo.
Fonte do executivo explicou que as autoridades neozelandesas aceitaram um pedido do Governo timorense para acolher durante o período de quarentena os 17 jovens que estavam em Wuhan, dada a falta de instalações para os receber em Timor-Leste.
Os 17 timorenses fazem parte de um grupo de 193 passageiros de várias nacionalidades que saiu hoje de Wuhan num voo com destino a Auckland, onde é esperado ao final da tarde (hora local).
A bordo seguem 54 neozelandeses, 44 residentes permanentes na Nova Zelândia com passaportes chineses, 35 australianos, 12 residentes permanentes na Austrália com passaportes chineses e vários cidadãos de nações do Pacífico.
Estão ainda a bordo do Boeing 777-200 da Air New Zeland um cidadão holandês e um uzbeque.
Três dos passageiros são funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros neozelandês que acompanharam o processo de retirada do grupo de Wuhan.
Os cidadãos e os residentes permanentes australianos vão seguir para a Austrália e os restantes, incluindo os timorenses, vão ficar em isolamento na região de Whangaparaoa, a norte de Auckland.
Timor-Leste tinha pedido assistência a vários países para acolher os estudantes, dada as condições do sistema de saúde timorense.
A Indonésia recusou receber o grupo na ilha de Bali.
O número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, com 64 mortes registadas na China nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.
De acordo com as autoridades chinesas, citadas pela agência de notícias Associated Press, o número total de pessoas infetadas com o novo coronavírus, detetado em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena, aumentou para 24.324.