O primeiro-ministro do Camboja anunciou hoje que vai visitar a cidade chinesa Wuhan, o epicentro do novo coronavírus, que já matou 427 pessoas, e que foi colocada sob quarentena.
Hun Sen anunciou na sua página oficial no Facebook que voará na quarta-feira para Wuhan a partir de Seul, na Coreia do Sul.
O líder do Camboja disse já ter recebido autorização das autoridades chinesas, mas não detalhou como voará para a cidade. Todas as ligações aéreas ou terrestres para Wuhan estão suspensas.
Hun Sen disse que visitará a cidade para dar apoio moral aos estudantes do Camboja em Wuhan e pedir que não temam o vírus.
Vários países já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena em 23 de janeiro, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido.
Portugal retirou no domingo vinte cidadãos nacionais de Wuhan, incluindo dois diplomatas e duas mulheres, com dupla nacionalidade brasileira e portuguesa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na semana passada uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Hun Sen disse aos cambojanos, na semana passada, numa transmissão televisiva, que o vírus não constitui uma ameaça e que não suspenderia as ligações aéreas com a China.
No total, 24 países foram afetados pela doença originária no centro da China, incluindo o Camboja, que reportou um caso.
As Filipinas registaram no fim de semana o único morto fora da China.
O vírus já infetou mais de 20.600 pessoas em todo o mundo, a maioria na China.