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Vírus: Associação Comerciantes do Porto teme quebras de consumo com "regime alarmista"

LUSA
03-02-2020 17:30h

O presidente da Associação de Comerciantes do Porto disse hoje estar preocupado que o "regime alarmista" relacionado com o coronavírus possa causar quebras de consumo no comércio portuense.

“O que nos preocupa é o regime alarmista que pode causar o afastamento de sítios com muita gente” e isso “abalará o consumo”, considerou Joel Azevedo, acrescentando que a quebra de consumo nas lojas do Porto que se registou em janeiro está relacionada com o pós-Natal”.

Segundo Joel Azevedo, não chegou à Associação de Comerciantes do Porto qualquer preocupação adicional com o coronavírus.

O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, pediu hoje aos poderes públicos um “sinal de apoio político” à comunidade e respetivos negócios para “prevenir possíveis prejuízos” decorrentes de preocupações com infeções pelo coronavírus.

“Estamos a tentar prevenir o que pode acontecer, ou seja, possíveis prejuízos nos negócios, nomeadamente em lojas ou restaurantes [da comunidade chinesa], devido ao receio que as pessoas podem ter e que pode levá-las a evitar esses negócios”, disse à Lusa Y Ping Chow.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

A China elevou hoje para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

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