A Câmara de Arganil destruiu 324 ninhos de vespa asiática em 2019, o triplo do ano anterior, anunciou hoje a autarquia.
“Em 2019, a somar aos 324 ninhos desta espécie invasora predadora das abelhas, foram destruídos 146 de vespa crabro, também conhecida como vespa europeia, onde se verificou existir risco para a população”, salienta em comunicado o município de Arganil, no distrito de Coimbra, presidido por Luís Paulo Costa.
Após o primeiro caso ter sido sinalizado no concelho, em 2016, a Câmara Municipal “procedeu à eliminação de 17 ninhos de vespa asiática em 2017 e de 104 em 2018”, refere.
“Face ao crescente número de situações registado nos últimos anos, a autarquia intensificou o combate à vespa asiática, garantindo uma resposta às situações sinalizadas pelos munícipes”, acrescenta.
Citado na nota, Luís Paulo Costa afirma que este problema “tem merecido total atenção e empenho por parte da autarquia, por representar uma forte ameaça ao setor da apicultura e à produção do mel, assim como à segurança das pessoas”.
No ano passado, o município “destinou cerca de 25 mil euros à eliminação” dos 324 ninhos de vespa velutina, mais conhecida por vespa asiática, localizados no concelho.
“As freguesias com mais casos detetados foram Arganil (54) e Benfeita (46), seguindo-se São Martinho da Cortiça (43), Cepos e Teixeira (40), Pombeiro da Beira (39) e Pomares (37)”, informa.
As freguesias com menos de 30 casos reportados foram Folques, Côja e Barril de Alva, Cerdeira e Moura da Serra, Celavisa, Sarzedo, Vila Cova de Alva e Anseriz, Piódão e Secarias.
“Em linha de conta com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, desenvolvido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, o objetivo da autarquia em 2020 passa por manter o combate à disseminação desta espécie, reforçando o controlo e prevenindo o aparecimento de novos ninhos”, adianta o município de Arganil.
Luís Paulo Costa afirma que os munícipes “têm tido um papel determinante na eliminação desta praga, identificando e comunicando com rapidez cada nova ocorrência”.
“Ainda há alguma desinformação sobre esta espécie e, sobretudo, sobre a forma correta de agir”, admite.
Na primavera, as vespas velutinas “constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados”, recorda a autarquia, frisando que o inseto “distingue-se da espécie europeia pela coloração do abdómen”, mais escuro, e das patas, que são amarelas nesta predadora.