“É crucial divulgar informação correta, diária, ao público sobre o que está a acontecer e sobre o que o Governo está a fazer para que a população não perca confiança na forma como o Governo está a responder”, explicou Roy Trivedy em declarações à Lusa.

“E é crucial garantir a coordenação dos vários componentes do Ministério da Saúde e a coordenação interministerial, já que isto é uma questão de saúde, mas que está ligada a outros aspetos, como segurança de fronteiras e imigração”, disse.

Roy Trivedy liderou hoje uma delegação das Nações Unidas que se reuniu com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, para fazer um ponto da situação do coronavírus que até ao momento causou já 361 mortes na China e uma nas Filipinas.

Os dados mais recentes apontam a existência de 16.907 casos em 27 países, com 472 casos de pessoas que recuperaram da doença, segundo a base de dados da doença mantida em tempo real pela John Hopkins University.

Equipas das Nações Unidas em Timor-Leste estiveram reunidas este fim de semana sob a liderança do Ministério da Saúde para planear vários aspetos da resposta ao risco do vírus.

Roy Trivedy disse que é essencial conseguir um equilíbrio entre “não estar complacente, mas também não entrar em pânico”, considerando que há muita informação “errada e até perigosa” que pode levar até a ataques a pessoas que tinham vindo da China.

“Há coisas perigosas e falsas que estão a ser divulgadas pelas redes sociais. É preciso cuidado com isso e, por isso mesmo, divulgar sempre informação precisa, certa e atualizada”, notou.

Relativamente ao uso de máscaras, que se tornou comum em muitos países, incluindo em Timor-Leste, Roy Trivey notou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o seu uso para quem esteja doente com qualquer vírus e não queria contaminar os outros.

“Mas não impede que se apanhe germes. Por isso a medida mais eficaz que todos em Timor-Leste podem adotar é lavar as mãos regularmente com sabão e agua ou desinfetante”, disse.

Referiu ainda que a quase totalidade dos casos detetados estão na China, “não houve casos em novos países nas últimas 24 horas” e a taxa de fatalidade é “muito mais baixa, em torno aos 2%, do que na epidemia do SARS”.

“Não significa baixar a guardar, mas também não queremos pânico”, disse.