O clínico a trabalhar para a indústria farmacêutica classifica a “estratégia implementada na Dinamarca, com a testagem massiva, como uma resposta precisa, agressiva, forte e sobretudo gratuita”, afirma.

Se a 20 de dezembro de 2020, a Dinamarca registou um pouco mais de 2800 novas infeções por SARS-COV 2, a 23 de fevereiro ocorreram apenas 529 casos, o que demonstra bem o impacto positivo das medidas implementadas pelo executivo dinamarquês.

Humberto Fonseca adianta ainda que os infantários e as escolas primárias mantiveram-se abertas, mas a 1 de março todos os graus de ensino regressam ao regime presencial.  O médico português sublinha ainda que no caso da Dinamarca, os fortes impostos que todos pagam ao Estado, garantem “apoios sociais rápidos e eficientes” seja para “as rendas do comércio, desemprego ou formação profissional”, adianta.

Se tudo correr bem com a entrega das vacinas, como se tem verificado até aqui, Humberto Fonseca afirma que o governo de Copenhaga prevê “que no final do mês de Junho tenhamos toda a população inoculada” contra o SARS-COV 2, o que vai permitir “um verão de 2021 bem diferente do ano passado”, antecipa o médico português a viver na Dinamarca.

A Dinamarca é um dos países europeus com maior taxa de testes por um milhar de habitantes. A 22 de dezembro de 2020 foram feitos, uma média a sete dias, de 23,71 testes por milhar de habitantes; enquanto Portugal atingiu, a 23 de dezembro de 2020, uma média, a sete dias, de 4,05 testes por mil habitantes.

Ainda em dezembro de 2020, a forte testagem levada a cabo no país nórdico, permitiu que fosse a Dinamarca um dos primeiros estados membros da União Europeia a detetar a existência de uma nova variante proveniente do Reino Unido.