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Covid-19: Retoma da atividade no Hospital Santo António será cautelosa e progressiva

LUSA
18-02-2021 17:23h

A retoma das atividades clínicas não covid-19 será “cautelosa e progressiva” porque as unidades intensivas mantêm uma ocupação elevada no Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), que integra o Hospital Santo António, revelou hoje fonte da instituição.

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, o diretor do departamento de neurociências do CHUP, José Barros, afirmou que as camas das enfermarias de cirurgia estão a ser “devolvidas” à atividade regular, mas que a ocupação levada nas unidades intensivas “impossibilita a retoma abrupta”.

“O processo será cauteloso e progressivo. Já passamos por isto uma vez: no outono pediam-nos a retoma a todo o vapor, dias depois estávamos todos assustados a recentrar a vida na covid-19”, salientou.

De acordo com José Barros, a atividade clínica diminuiu em algumas áreas, essencialmente, no volume total de produção cirúrgica nos blocos operatórios convencionais dada a afetação de alguns profissionais a unidades de cuidados intensivos covid-19, bem como a cativação de unidades de cuidados intensivos e conversão de camas dos serviços de cirurgia.

“Isso levou a uma quebra de produção cirúrgica global de cerca de 15 a 20% conforme os meses”, adiantou, acrescentando que todas as cirurgias urgentes e importantes nas áreas vasculares e oncológicas foram asseguradas.

Durante o mês de janeiro, foram operadas no Hospital de Santo António 3.165 pessoas.

Das 835 camas da unidade, 200 estão destinadas a doentes covid-19.

Neste momento, o hospital tem 77 doentes com covid-19 em enfermaria e 36 doentes em unidades de cuidados intensivos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.430.693 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.754 pessoas dos 792.829 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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