A presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia explica que “nenhum país conseguiu encontrar uma boa solução. O que vai acontecendo é que cada um vai tendo fases melhores e fases piores. ” A professora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) justifica a análise dizendo “Não nos portamos assim tão mal como isso. Estivemos quase um ano inteiro sem chegar ao limiar da resposta. “

Ao comentar os números de novas infeções, que têm vindo a descer gradualmente um pouco por todo o país, a epidemiologista Elisabete Ramos mostra-se cautelosa, dado que “nós temos de ter muito cuidado quando olhamos para os números, porque estamos sempre desfasados. Nunca estamos a medir o que está a acontecer naquele momento.”, alerta a professora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

Quanto ao podia ter sido planeado ou feito de forma diferente em relação à pandemia da COVID-19, a presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia não tem dúvidas que “é sempre possível melhorar”, mas adverte que “Não há um caminho certo e um caminho errado. Qualquer decisão teria vantagens e desvantagens”, garante a especialista.

Elisabete Ramos, professora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) admite que os portugueses têm uma natural incapacidade para planear situações e cenários e essa é uma lição que o país tem de retirar desta pandemia.