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República Democrática do Congo inicia uso de medicamento contra doença do sono

LUSA
29-01-2020 17:19h

A República Democrática do Congo (RDCongo) começou esta semana a usar um medicamento inovador contra a tripanossomíase africana, conhecida por doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé, patologia que reúne neste país 70% dos casos mundiais.

Trata-se do fexinidazol, um medicamento oral fabricado na RDCongo, que o Governo entregou na terça-feira a um hospital de Kinshasa, segundo explicou hoje à agência Efe o diretor do Programa Nacional para o Controlo da Tripanossomíase Africana Humana (PNLTHA), Erick Mwamba.

O medicamento obteve em novembro de 2018 a aprovação da Agência Europeia do Medicamento, após mostrar os seus efeitos positivos em 600 doentes, e será administrado gratuitamente nos centros de saúde e hospitais de referência da doença neste país centro-africano.

“O tratamento facilitará e abrangerá as comunidades e os centros de tratamento”, segundo disse o médico, acrescentando que “o fexinidazol será enviado e distribuído em áreas de saúde endémicas para que possa começar a ser usado”.

Os doentes devem tomar três comprimidos por dia durante os primeiros quatro dias e dois durante os seguintes seis dias. Nos dias e semanas depois, os sintomas da doença do sono diminuem gradualmente.

A RDCongo é o único país do mundo onde se diagnosticam anualmente mais de 1.000 casos desta doença parasitária, causada pela picada da mosca tsé-tsé e que provoca mudanças de comportamento, confusão, transtornos sensoriais e falta de coordenação quando um parasita afeta o Sistema Nervoso Central.

Além da RDCongo, a Tripanossomíase Africana Humana afeta 36 países africanos.

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