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Montenegro aponta como objetivo baixar fatura a pagar aos fornecedores do SNS

Lusa
12-11-2025 17:05h

O primeiro-ministro considerou hoje que um dos principais objetivos do Governo para melhorar a eficiência da gestão dos recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa por baixar a fatura a pagar pelo Estado aos seus fornecedores.

Luís Montenegro falava aos jornalistas após ter participado numa conferência na Culturgest, ocasião em que apontou como exemplo a ação do atual presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, quando entre 2011 e 2015 assumiu as funções de ministro da Saúde.

O primeiro-ministro voltou a rejeitar a ideia de que o seu executivo se prepare para fazer cortes no Serviço Nacional de Saúde, mas realçou que o montante global destinado ao SNS cresceu de oito mil milhões há dez anos para os atuais 18 mil milhões de euros, “um esforço enorme”.

“Ao contrário daquilo que se diz, o caminho não se faz cortando nem assistência, nem meios alocados para as unidades de saúde”, disse.

Pelo contrário, o caminho é a introdução de “um maior rigor e, eventualmente, também uma negociação mais favorável com os principais fornecedores do Estado, sejam eles fornecedores de equipamentos, de medicamentos ou mesmo de serviços de recursos humanos”, declarou.

Perante os jornalistas, o líder do executivo procurou realçar que um dos principais objetivos passa por “fazer o melhor negócio possível” com os fornecedores do Estado. Neste contexto, referiu mesmo que Paulo Macedo foi um exemplo nesse sentido enquanto ministro da Saúde.

“No tempo em que foi ministro conseguimos diminuir a nossa fatura com medicamentos, renegociando as condições de compra dos mesmos, nomeadamente estimulando também o uso de medicamentos genéricos”, referiu a título de exemplos.

Para Luís Montenegro, “há medidas que podem estar em execução no SNS com mais capacidade de serem geradoras de poupanças e de otimização de recursos financeiros”.

“É isso que nós pretendemos”, antes de também abordar a questão do combate à fraude no SNS.

“Não foi por acaso que já decidimos, no Conselho de Ministros, a criação de uma unidade antifraude no SNS, precisamente para podermos ter uma correta utilização dos investimentos”, acrescentou.

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