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Médio Oriente: OMS alerta que mais de 16 mil doentes precisam de tratamento fora de Gaza

Lusa
12-11-2025 16:06h

A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que 16.400 doentes precisam de ser retirados da Faixa de Gaza para tratamento, alertou hoje em Genebra o seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Entre estes doentes, estão 4.000 crianças, disse o responsável da organização em conferência de imprensa, lamentando que mais de 900 habitantes do enclave palestiniano morreram enquanto aguardavam tratamento.

Os números foram indicados por Tedros Adhanom Ghebreyesus quando se passou mais de um mês desde o início do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas, acordo que prevê a reconstrução do sistema de saúde da Faixa, na qual a OMS está a colaborar.

Em dois anos de conflito, a OMS apoiou a retirada de 8.000 doentes, incluindo 5.500 crianças, de acordo com o diretor-geral da organização, que agradeceu aos 30 países que aceitaram recebê-los.

“Instamos mais países a aceitar estes doentes", apelou, pedindo igualmente que Israel abra mais rotas de evacuação, sobretudo as que conduzem aos hospitais na Cisjordânia.

O acordo de cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro, inclui a troca de reféns e prisioneiros, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 69 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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