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Covid-19: Comité de Emergência da OMS pede mais sequenciação genómica para detetar variantes

LUSA
15-01-2021 17:43h

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) defendeu hoje que todos os países devem aumentar os esforços de sequenciação genómica do novo coronavírus para detetar as novas variantes que surjam.

Na sua sexta reunião de acompanhamento da pandemia da covid-19, o comité apelou para uma “expansão global” das técnicas de sequenciação que permitem reconhecer mutações do SARS-CoV-2 e para a partilha dessa informação entre todos.

Para isso, defende que se aumente o investimento “nas capacidades de vigilância e sequenciação para detetar e comunicar logo que apareçam variantes e avaliar mudanças abruptas no ritmo de transmissão ou gravidade da doença”.

Na reunião de quinta-feira, cujas conclusões foram hoje divulgadas, o Comité aconselhou os países a não exigirem aos viajantes que chegam às suas fronteiras prova de vacinação, “dado que o impacto das vacinas na redução da transmissão ainda não é conhecido e que a sua disponibilidade é demasiado limitada”.

Aos países membros, pede que tomem medidas em relação às viagens de forma “coordenada, limitada no tempo, tendo em conta o risco e baseada em evidências científicas”.

Às empresas farmacêuticas que estão a desenvolver vacinas, pede que se apressem a dar à OMS os dados sobre a sua segurança e eficácia, a falta dos quais “é uma barreira para garantir a distribuição global atempada e equitativa de vacinas”.

Pedem aos países que acelerem a investigação sobre o que não se conhece sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 como o que diz respeito à “transmissão, proteção contra as formas graves da doença e infeção assintomática, duração da imunidade e proteção prolongada”.

O Comité manteve a classificação da covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância internacional, recomendando ao secretariado da OMS, a agência das Nações Unidas para a Saúde, que “encoraje a partilha rápida de sequências e meta-dados para reforçar a vigilância da evolução do vírus e para compreender melhor as variantes e os seus efeitos na eficácia das vacinas, terapias e diagnósticos.

Diversas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, já descobertas, como a que teve origem no Reino Unido em setembro passado, demonstram ser mais contagiosas, mas não há provas, para já, de que provoquem casos mais graves da doença.

O Comité recomendou ainda que a OMS adote um sistema padronizado para dar nome às novas variantes, “evitando designações geográficas”.

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