O Ministério da Saúde do Sudão anunciou quinta-feira que o país está livre de cólera, depois do surto que começou em setembro, o primeiro desde 2007, segundo o porta-voz do Governo, Faisal Saleh.
“É com satisfação que, em nome do Governo de transição, anuncio a confirmação do Ministério da Saúde de que o Sudão está livre da epidemia de cólera”, refere o porta-voz num comunicado difundido pela agência oficial Suna e citado pela Efe.
De acordo com Faisal Saleh, o anúncio tem por base os critérios de um comité técnico que responde a casos de cólera, de que faz parte o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), após ter diagnosticado o último caso em 02 de dezembro último.
O porta-voz explicou que a contribuição de autoridades locais e estrangeiras ajudaram a pôr fim à epidemia, “ampliando a capacidade operacional dos serviços de saúde básicos e melhorando a coordenação a todos os níveis, o que facilitou a intervenção do Governo” para travar o surto.
A tutela tem em curso preparativos para proteger o país da cólera e outras epidemias durante a próxima temporada de outono.
Em 10 de setembro, o Ministério da Saúde sudanês informou a OMS da deteção de várias pessoas com cólera na província do Nilo Azul, na fronteira com a Etiópia, os primeiros casos positivos desta doença desde 2007.
Um mês depois, em 11 de outubro, a OMS lançou uma campanha de vacinação em duas províncias do sudeste do Sudão para conter o surto que eclodiu após inundações que atingiram o país no final de agosto.
Segundo a OMS, mais de 1,6 milhões de pessoas, com 01 ano ou mais, seriam vacinadas nas províncias de Nilo Azul e Senar, onde foram reportados 262 casos de suspeita de cólera e oito mortes, desde 08 de setembro.