SAÚDE QUE SE VÊ

Plano Municipal de Saúde de Valongo aponta à melhoria de índices gerais até 2025

LUSA
17-01-2020 12:43h

O Plano Municipal de Saúde 2019/2025 de Valongo quer melhorar os índices em domínios em que o concelho apresenta maiores fragilidades, como a saúde mental, patologias respiratórias, obesidade, uso excessivo do tabaco e consumo de bebidas alcoólicas.

O plano hoje apresentado pela Câmara de Valongo, no distrito do Porto, segue as diretivas do Plano Nacional de Saúde e as recomendações da Assembleia Geral das Nações Unidas de 2011.

O documento, a que a Lusa teve acesso, apresenta como foco imediato a “mudança de comportamentos a fim de obter resultados na redução de doença a longo prazo”, motivo pelo qual ganham preponderância com este plano “áreas como a alimentação, a atividade física, a saúde mental e a literacia”.

Os oito objetivos estratégicos querem “reduzir em 30% o uso de tabaco, em 10% a inatividade física, em 30% a ingestão diária de sal, aumentar em 10% o consumo de hortícolas e reduzir em 25% o consumo de açúcar em crianças do 1.º ciclo”.

No campo da saúde mental, o plano propõe-se também “reduzir em 10% o sentimento de isolamento, em 10% a sintomatologia depressiva, aumentar em 10% a qualidade de vida, em 20% o número de denúncias de violência (violência física, sexual ou psicológica, ‘bullying’ e ‘cyberbullying’) e reduzir em 10% os episódios de violência interpessoal”.

No âmbito da comunicação e literacia, a autarquia pretende “garantir a divulgação mensal de novas informações de saúde através dos meios de comunicação e divulgação da edilidade, capacitar todos/as os/as profissionais de comunicação do município para as especificidades das temáticas da saúde e mapear as pessoas que prestam cuidados informais e assegurar a formação de, pelo menos, 25% das pessoas mapeadas”.

Os objetivos propostos concluem-se com o “aumentar em 25% da adesão aos rastreios nacionais e identificar, mapear e operacionalizar sistemas de resposta para as pessoas em situações de maior vulnerabilidade específica (pobreza extrema, frio, calor, inundações, etc.)”.

A implementação do Plano Municipal de Saúde far-se-á seguindo um eixo - “Melhor Saúde” - que integra as medidas e atividades que visam diretamente promover a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis, reduzir os fatores de risco, melhorar condições de acesso e de prestação de cuidados, melhorar a comunicação em saúde e assim contribuir para melhorar os indicadores de saúde.

Os planos de ação serão definidos para ciclos de dois anos, mas serão revistos anualmente para permitirem a flexibilização necessária para potenciar a sua eficiência, lê-se ainda no documento.

Já no segundo eixo - “Mais Governança” - agrupam-se estratégias de monitorização e avaliação que permitam promover a eficiência do Plano Municipal de Saúde e a sua melhoria contínua.

Neste contexto será criado o Observatório Municipal de Saúde que congrega a monitorização das ações, a produção e difusão de relatórios sobre a implementação do plano.

O Observatório será também responsável pela verificação da elaboração e da execução dos planos de ação para garantir um planeamento sustentado e a adequada implementação do plano.

Para o presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, na nota introdutória do plano, “este projeto, não só irá promover condições de vida saudável para todos em Valongo, como tornará a saúde um desígnio presente em todas as atividades municipais”.

“As doenças não transmissíveis – principalmente as doenças cardiovasculares, cancro, obesidade, diabetes, depressão e as doenças musculoesqueléticas – são as que mais contribuem para a diminuição de anos de vida com saúde da população. É para estas doenças, para a sua prevenção e para o seu combate, que o Plano Municipal de Saúde de Valongo orienta as suas prioridades”, acrescenta o autarca.

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