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Covid-19: PCP defende 2 hospitais de retaguarda a Norte e "reabertura" de centros de saúde

LUSA
14-10-2020 12:52h

O PCP defendeu hoje a “reabertura total dos centros de saúde” e a criação de dois hospitais de retaguarda para covid-19, no Grande Porto e no Vale do Sousa, considerando “urgente” uma intervenção perante a evolução da pandemia.

Em comunicado, a Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP salienta que a resposta à evolução da epidemia no país e na região "não pode ser feita de forma desarticulada, com as autarquias a substituírem-se ao governo e a multiplicarem respostas que nem sempre correspondem às reais necessidades".

Para os comunistas, para assegurar o combate à covid-19 e garantir o acesso aos cuidados de saúde,” é preciso dotar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os hospitais e os centros de saúde dos meios financeiros, humanos, técnicos e materiais necessários para recuperar as consultas, as cirurgias, os tratamentos e os exames em atraso”.

Atendendo à realidade e "à previsível evolução da situação", a DORP considera "urgente uma intervenção articulada entre Ministério da Saúde, Administração Regional de Saúde (ARS), hospitais e centros de saúde da região” para assegurar, em primeiro lugar, a recuperação de atrasos nos cuidados primários de saúde.

Para tal, o PCP defende a reabertura total dos centros de saúde, em condições de segurança, o reforço de profissionais e um plano de recuperação de consultas, exames e cirurgias atrasadas.

Por outro lado, o partido advoga o reforço da capacidade de internamento de idosos nos hospitais da região e a criação de dois hospitais de retaguarda para covid-19 positivos, um no Grande Porto e outro no Vale de Sousa, em articulação com as unidades hospitalares, "num processo no qual a ARS e o Ministério da Saúde têm que assumir responsabilidades".

A DORP do PCP sublinha que "não fosse o SNS", a situação causada pelo surto epidémico com que o país foi confrontado em março, "teria sido muito grave", pelo que é importante que o SNS assegure a capacidade de resposta no tratamento de doentes covid-19.

Em paralelo, importa recuperar a prestação de cuidados de saúde que ficaram por realizar e garantir o acesso à saúde de doentes com outras patologias, assinala o partido.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e um mil mortos e mais de 37,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.110 pessoas dos 89.121 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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