O grupo parlamentar do PCP questionou hoje a ministra da Saúde sobre “vários problemas” sentidos no distrito do Porto, nomeadamente nos hospitais de Valongo, São João e Póvoa de Varzim-Vila do Conde.
Entre as necessidades assinaladas estão a construção de um novo hospital, a reabertura de urgências e a conclusão de obras, situações que precisam de uma “resposta urgente”, referiu o partido, em comunicado.
Na nota, o PCP explicou que questionou a ministra Marta Temido, pelas deputadas Diana Ferreira e Ana Mesquita, na audição da especialidade do Orçamento do Estado.
As deputadas reafirmaram a “necessidade de reabertura das urgências” do Hospital de Valongo, sem prejuízo da concretização da unidade de hemodiálise que está a ser construída.
“Aliás, importava saber quando vai ser concluída [unidade de hemodialise]”, sustentaram.
Além de Valongo, as comunistas lembraram a importância de construir um novo hospital na Póvoa de Varzim-Vila do Conde, perguntando sobre a evolução das obras neste.
O partido pediu um ponto de situação sobre a ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário São João, cuja construção arrancou em outubro de 2018, e a necessidade do cumprimento dos prazos assumidos para a sua conclusão, estimada para 2021.
Foi ainda questionado por que motivos o Centro de Saúde da Batalha, que estará concluído, ainda não foi aberto e, se isso, se prende por falta de meios financeiros ou carência de profissionais.
“Foram também pedidas respostas para a toxicodependência e para alguns sinais de recrudescimento deste problema na cidade do Porto que são preocupantes. Assim, foi perguntado que medidas com respaldo orçamental para reforço de profissionais de saúde nesta área e para a concretização de decisões, como as salas de consumo assistido, vão existir neste orçamento”, frisou o PCP.
Diana Ferreira e Ana Mesquita perguntaram ainda à ministra da Saúde o motivo pelo qual o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto irá sofrer um corte de cinco milhões de euros quando comparado com o Orçamento de Estado de 2019, dada a sua “importante função” no Norte do país.
O PCP relembrou uma pergunta escrita sobre a falta de médicos de família no distrito, a qual ainda não foi respondida.
“Como tal, foi perguntado que medidas serão tomadas para que a cobertura integral seja uma realidade”, ressalvou.