António Lacerda Sales garante que a criação de um gabinete contra a violência divulgado esta semana foi uma "reacção mais imediata" perante o problema, mas promete anunciar um conjunto de novas medidas.

Os recentes casos de agressões a profissionais de saúde motivaram um encontro, na terça-feira, entre a ministra da Saúde Marta Temido e o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que culminou no anúncio da criação de um gabinete que será orientado por um oficial graduado e que estará na dependência directa da pasta da Saúde.

Estas medidas não vão ficar por aqui. Segundo o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, o Governo está a um passo de divulgar um extenso programa com medidas mais concretas, trabalhadas em conjunto com a Direção Geral da Saúde (DGS) para impedir a escalada da violência nos centros de saúde e hospitais do país.

 O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) veio a público exigir ao Governo mais medidas para proteger os profissionais de saúde propondo, inclusivé, a criação de um grupo de trabalho para estudar o que pode estar na origem dos recentes episódios de violência contra médicos e enfermeiros. Ontem à noite, outro sindicato médico a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) enviou uma carta aberta à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a questionar as medidas em curso para travar a violência sobre os profissionais que exercem funções em Hospitais e Centros de Saúde.