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“O selo Clean & Safe foi uma excelente medida”, afirma Directora Operacional das Termas de São Pedro do Sul  

CANAL S+ / VD
13-07-2020 21:20h

Encerradas desde meados de Março, as Termas de São Pedro do Sul reabriram ao público há um mês, mas com novos procedimentos de segurança e uma equipa devidamente preparada para prestar o melhor serviço, reduzindo ao máximo o risco de contágio pelo SARS-COV-2, como garantiu ao Canal S+ a Directora Operacional.

Ana Jorge revela que o encerramento da unidade termal em resultado da pandemia foi “voluntário” e que a quebra na afluência, durante o primeiro trimestre, foi na casa dos 83%. Com a reabertura, a responsável garante que a criação do selo Clean & Safe, por parte do Turismo de Portugal, tem servido para reforçar a confiança e é, por isso, “uma excelente medida”, assegura.

Há mais de 2000 anos que o poder curativo das águas de São Pedro do Sul é reconhecido e utilizado para atenuar doenças reumáticas e respiratórias com uma multiplicidade de tratamentos. A água termal que emerge da terra a 68,7 graus centigrados pertence ao grupo das sulfúreas, com uma estabilidade físico-química que remonta a milhares de anos e a torna pura do ponto de vista bacteriológico. Estamos perante uma água “doce”, fracamente mineralizada, bicarbonatada, sódica, carbonatada, fluoretada, sulfidratada e fortemente silicatada, o que a torna ideal para tratamentos termais.

Se numa primeira fase, a pandemia da COVID-19 forçou o encerramento da unidade, desde 15 de Junho com a reabertura muitos procedimentos mudaram, desde logo ao nível do acesso ao edifício principal: o balneário D. Afonso Henriques, como relata Ana Jorge.

As mudanças introduzidas nas Termas de São Pedro do Sul motivadas pelo aparecimento da pandemia da COVID-19 tiveram outras implicações nos tratamentos até aqui disponibilizados ao público termalista. “Se por um lado uns são realizados, mas com menor número de pessoas, para garantir o devido distanciamento social; outros tiveram mesmo de ser suspensos, dadas as suas características e o elevado índice de gotículas no ar”, atesta Ana Jorge.

A Directora Operacional das Termas de São Pedro do Sul adianta que toda a equipa foi devidamente treinada e formada, durante o período do Estado de Emergência, para dar a resposta mais adequada às diversas situações que podem ocorrer dentro dos balneários, atendendo à pandemia. Inclusivamente as “zonas de lazer foram reduzidas para evitar a concentração de pessoas e o uso de máscara é obrigatório”, revela Ana Jorge.

Se em 2019, as Termas de São Pedro do Sul registaram números recorde de afluência, o que coincidiu com a comparticipação dos tratamentos termais em sede de IRS, no primeiro trimestre de 2020 a quebra superou os 80%. Neste momento, a expectativa é grande e todos os esforços estão concentrados na recuperação deste segundo trimestre, contando com a ajuda das unidades hoteleiras vizinhas e de um concelho que tem manifestado um reduzido número de infetados pela COVID-19, explica Ana Jorge.

Com um serviço de termalismo terapêutico e de bem-estar termal, bem como um serviço de fisioterapia diferenciado, as Termas de São Pedro do Sul já estão de portas abertas para receber da melhor forma o público de sempre e os que, porventura, queiram descobrir o poder curativo destas águas milenares que conquistaram romanos, o primeiro rei de Portugal - D. Afonso Henriques - e curiosamente a última rainha - D. Amélia de Orleães.

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