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COVID-19: Região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista maior crescimento do número de casos

CANAL S+ / VD
07-06-2020 01:06h

Nas últimas 24 horas, Portugal voltou a contabilizar mais 9 mortos, 382 novos casos de COVID-19, o que leva o país a ter, neste momento, 12.070 infetados pelo novo coronavírus, em contraponto com os 281 casos recuperados desde sexta-feira, anunciou hoje a ministra da Saúde.

Em conferência de imprensa, Marta Temido garantiu que as concentrações de jovens nas ruas não tem sido o fator chave para o aumento do número de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas sim o “rastreio intensivo” das populações. 

“Em todos os países, e também em Portugal, a partir do momento em que introduziram algum alívio do confinamento, num cenário em que não existe nem tratamento nem vacina, houve algum recrudescimento”, afirmou Marta Temido.

A ministra da Saúde explicou ainda que em muitos casos estamos a falar de indivíduos assintomáticos que nunca estiveram confinados, aproveitando a oportunidade para relembrar a importância do respeito pelas regras de utilização de máscara e de distanciamento social. 

Marta Temido admitiu ainda no encontro com os jornalistas que “É expectável que o número de novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo se mantenha elevado nos próximos dias”.

Os concelhos mais afetados pela pandemia são: Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra, onde segundo a titular da pasta da Saúde tem vindo a ser feito um rastreio intensivo das populações.

“Temos promovido o rastreio intensivo. Em pouco mais de 5 dias realizámos cerca de 14 mil colheitas, com colaboração da ACT, INEM e agrupamentos de centros de saúde dos concelhos. À data, foram processadas amostras e comunicados os resultados de 4.649 colheitas. Neste total de amostras já processadas, a percentagem de resultados positivos baixou ligeiramente e é agora de 3,9%”, explicou.

De acordo com o boletim diário divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS), o concelho de Lisboa registou hoje 40 novos casos de infeção, a autarquia de Sintra mais 37 e o município da Amadora mais 31. 

Marta Temido adiantou ainda que “Devemos estar preparados para este efeito, que resulta de três causas prováveis: Atraso na curva epidémica na região; Estratégia intensiva de rastreio na região; Especificidades associadas aos novos casos, jovens na idade ativa e assintomáticos”, concluiu.

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