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Covid-19: “Com esta crise, os problemas que já existiam em direitos humanos escalaram para outro nível” – Amnistia Internacional Portugal

Canal S+ / TB
28-05-2020 12:57h

Ameaças à democracia, discriminação para com migrantes e refugiados, desigualdades sociais e pobreza são tendências que atentam contra os direitos humanos e que têm encontrado na pandemia terreno fértil para se intensificar. Esta é a convicção de Pedro A. Neto, Diretor Executivo da Amnistia Internacional Portugal, que identifica os problemas específicos do nosso país e alerta para os perigos que espreitam no pós-COVID.

De acordo com este especialista, para além da óbvia questão sanitária esta crise veio acentuar também os problemas que já existiam em matéria de direitos humanos. À cabeça, os vários exemplos de ameaças à democracia e a discriminação para com determinados grupos. No caso concreto português, defende que as dificuldades de acesso à habitação e a pobreza se agudizaram, e que com o fecho das escolas cresceram também as desigualdades no acesso à educação.

A Amnistia Internacional desenvolve trabalho na área dos Direitos Humanos em três vetores fundamentais: a investigação de violações ou abusos de direitos humanos a nível mundial, produzindo relatórios e propondo soluções; a sensibilização pública e envolvimento da comunidade internacional para pressionar os poderes públicos a agir; o advocacy ou o lobbying político, para influenciar os responsáveis a fazer cumprir os direitos humanos.

Esta organização acredita que nos próximos tempos poderão continuar a existir ameaças aos direitos humanos e tentativas de abuso e de violação à dignidade das pessoas, às suas necessidades mais básicas e também à sua privacidade. Contudo, e perante a dificuldade em fazer previsões, Pedro A. Neto reforça a importância da Amnistia Internacional se manter vigilante e atenta aos desenvolvimentos, e ser ágil na sua resposta.

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