O confinamento ditou o fim dos treinos para todos. Atletas de alto rendimento, atletas amadores e simples adeptos do ginásio foram obrigados a parar e a encontrar alternativas. Se um treino de ginásio, para manter a forma física e marcar pontos no estilo de vida saudável, é possível de realizar em casa, o mesmo método fica aquém das necessidades de um atleta de alta competição. A maioria até conseguiu adaptar-se aos desafios do confinamento, mas a condição física, como explica o médico cardiologista Hélder Dores, fica sempre comprometida com a perda das adaptações fisiológicas ao exercício. Nos atletas infetados, as repercussões serão ainda piores e a recuperação mais difícil. A saúde mental do atleta também não pode ficar esquecida pois compromete o rendimento. No regresso importa, por isso, uma avaliação médica prévia.

Há outros aspetos a considerar, no regresso ao ativo. Hélder Dores explica que alguns podem representar autênticos desafios e deverão ser universais. O médico cardiologista acredita que os atletas vão conseguir regressar à forma física anterior, embora destacando que há muito para avaliar relativamente às consequências da doença em atletas que foram infetados.