O ministro da Saúde da Tunísia apelou hoje à população para continuar vigilante, apesar de nenhum novo caso de infeção pelo novo coronavírus ter sido registado no país pela primeira vez desde 02 de março.
Há uma semana o governo determinou um alívio das regras de restrição e nas últimas 24 horas o número de casos do novo coronavírus manteve-se nos 1.032, incluindo 45 mortes (número estável há vários dias). Do total, 700 pessoas são consideradas curadas.
“Não nos podemos contentar com este dado, é verdade que é animador, mas amanhã pode haver mais casos”, alertou o ministro Abdellatif Mekki.
O governante, que falava numa audição na comissão parlamentar de Saúde, lamentou que as regras tenham sido menos respeitadas nos últimos dias.
Mesmo sem confinamento é necessário continuar a respeitar as regras de higiene e de distanciamento, insistiu Mekki.
Dos 292 testes realizados no domingo, apenas 10 pessoas já contadas como doentes testaram positivo.
A Tunísia fechou as escolas, locais de culto e lojas não essenciais desde meados de março, quando o país tinha menos de 20 casos.
Um recolher obrigatório noturno continua em vigor e as escolas só abrirão em setembro. Só os alunos que terminam o ensino secundário terão um mês de aulas antes do exame no final de junho.
Os profissionais de saúde das unidades covid-19 assim como os que foram repatriados devem ficar isolados durante 14 dias em hotéis e residências e os doentes não hospitalizados também ficam em isolamento obrigatório fora do seu domicílio, só podendo regressar a casa após dois testes negativos.
Sinal de desaceleração da epidemia: desde o final de abril que cada doente contagia menos de uma pessoa. A taxa de reprodução (que mede o número de pessoas infetada por cada doente em média) era de três no início de março, segundo o Ministério da Saúde.
Os serviços hospitalares dedicados à covid-19, que não foram excedidos, estão agora a funcionar ao ‘ralenti’, com 11 doentes internados, adiantou.
Hoje começaram a funcionar os cabeleireiros e os cafés e mesquitas devem reabrir a 24 de maio.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 282.000 mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência France-Presse.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.