A implementação de "férias forçadas", a "criação de condições para rescisões, entre aspas, amigáveis" e o "desrespeito de horários de trabalho" foram algumas das denúncias que chegaram aos comunistas açorianos, adiantou Marco Varela em entrevista à RTP/Açores.

Neste campo, o partido tem no hemiciclo açoriano uma proposta "para aumentar a capacidade de intervenção da Inspeção Regional de Trabalho", acrescentou o comunista.

No que se refere ao alívio de medidas de confinamento na região, que será efetuado em calendários diferentes em diferentes ilhas, Marco Varela chama a atenção para "situações de crianças e jovens que vão ter aulas nas suas salas de aula e outras que vão estar em casa".

E defendeu: "É imperativo que se criem todas as condições para que os que ficam em casa tenham acesso de igual modo às matérias e que não haja diferenciação".

O partido sustenta ainda ser fundamental assegurar que a transportadora SATA se mantenha na esfera pública e deve haver um "investimento claro nos serviços públicos" da região, nomeadamente com o reforço de "meios técnicos e humanos" em áreas como a saúde e educação.

Desde o início do surto foram confirmados 138 casos da covid-19 nos Açores, 80 dos quais atualmente ativos, tendo ocorrido 45 recuperações (27 em São Miguel, oito na Terceira, cinco em São Jorge e cinco no Pico) e 13 mortes (em São Miguel).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.