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Covid-19: Ministério do Interior da Guiné-Bissau encerra serviços para testes

LUSA
28-04-2020 19:19h

Os serviços administrativos do Ministério do Interior da Guiné-Bissau foram encerrados para testes de despistagem de dirigentes e funcionários, em relação a suspeitas de infeção pelo novo coronavírus, disse hoje à Lusa fonte da instituição.

Segundo a fonte, a medida foi tomada pelo Governo na sequência da morte devido à covid-19, no sábado, de um responsável daquela instituição e que teria tido contacto direto e indireto com várias pessoas do ministério.

Desde domingo, todas as dependências do gabinete do ministro do Interior, Botche Candé, do secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, e do comissário nacional da Polícia de Ordem Pública (POP), que morreu no sábado, têm sido desinfestadas com produtos químicos, assinalou ainda a fonte.

"Por esse motivo disseram que ninguém pode ficar no ministério", notou a fonte, confirmando ainda que vários dirigentes e funcionários da instituição foram submetidos a testes de despistagem para saber se ficaram ou não contaminados pelo novo coronavírus.

Os dirigentes e funcionários ligados ao gabinete do ministro, do secretário de Estado e do comando da POP vão ficar em quarentena, aguardando pelos testes a que foram submetidos desde domingo, precisou a fonte.

Uma outra fonte da Presidência do Conselho de Ministros disse à Lusa que "alguns membros do Governo pediram para serem submetidos a testes" já que tiveram contactos com o pessoal afeto ao Ministério do Interior.

A Lusa confirmou hoje que as portas do Ministério do Interior em Bissau estão encerradas e a fonte da instituição frisou que apenas está em funcionamento a parte operativa do ministério, nomeadamente os agentes da polícia encarregues de assegurar a ordem e segurança.

A Guiné-Bissau regista até hoje 74 casos de covid-19, incluindo um morto e 18 recuperados.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou no domingo o estado de emergência no país até 11 de maio.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

O estado de emergência foi declarado pela primeira vez no país em 28 de março e já foi prolongado duas vezes.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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