Segundo um comunicado hoje emitido pelo África CDC, a doação dada pela Fundação Jack Ma, do empresário e filantropo homónimo, e pela Fundação Alibaba pretende apoiar a resposta dos Estados-membros da União Africana à pandemia de covid-19 no continente.

No total, são 4,6 milhões de máscaras, 500.000 testes, 300 ventiladores, 200.000 conjuntos de roupa protetora, 200.000 viseiras, 2.000 termómetros, 100 ‘scanners’ de temperatura corporal e 500.000 pares de luvas.

Os materiais chegaram esta tarde a Adis Abeba, capital da Etiópia, vindo da cidade chinesa de Cantão através de um voo fretado pela Ethiopian Airlines.

“O mundo não consegue suportar as consequências impensáveis de uma pandemia de covid-19 em África. A crise está a provar-se mais difícil e a demorar mais tempo do que esperávamos. Devemos fazer todos os esforços para nos prepararmos”, afirmou Jack Ma, fundador do grupo Alibaba.

O diretor do África CDC, John Nkengasong, considerou que obter o equipamento médico e de diagnóstico para a resposta à covid-19 é “um desafio global”, pelo que as doações do empresário chinês são vistas como “uma iniciativa incrível” para assistir o continente africano no controlo da pandemia.

Durante o dia de hoje, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde receberam materiais doados pelo grupo Alibaba.

São Tomé e Príncipe recebeu dois ventiladores e 18.000 materiais de recolha de amostras, bem como fatos de proteção individual.

Já ao aeroporto da Praia, em Cabo Verde, chegaram 18.900 'kits' e reagentes para teste da doença, 3.800 viseiras de proteção, 3.700 fatos, 9.500 luvas e 36 termómetros digitais.

Segundo os dados mais recentes, África contabiliza mais de 32.000 casos da doença em 52 países do continente, incluindo 1.428 mortos. Já o número total de doentes recuperados cifra-se em 9.741.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 209 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.