Angola possui, desde 2018, 1.800 unidades sanitárias com acesso ao programa de vacinação, mas o número de instalações apetrechadas com cadeia de frio ainda é insuficiente.
A situação foi hoje denunciada pela diretora do Programa Alargado de Vacinação (PAV), Alda de Sousa, que falava no final de um simpósio internacional sobre vacinas.
Segundo Alda de Sousa, citada pela agência noticiosa angolana, Angop, devem ser abertas mais unidades com apetrechamento da cadeia de frio, para se oferecer vacinas de qualidade.
A responsável avançou que, mesmo enfrentando vários desafios, estão disponíveis 12 vacinas, que cobrem mais de 16 doenças.
Alda de Sousa considerou importante a aposta na vacinação de rotina, um meio de prevenção de doenças, enquanto que as campanhas de vacinação resolvem apenas problemas que se apresentam num determinado momento.
Para a diretora do PAV, se todas as crianças forem abrangidas nas campanhas de vacinação, rapidamente o país se poderá ver livre do vírus da poliomielite, doença que voltou a registar casos depois de sete anos de interregno.
Angola foi incluída na lista de países, juntamente com a Nigéria, a República Democrática do Congo e a República Centro Africana, em que há mais casos novos de poliomielite causados pela vacina oral do que pelo vírus.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou a informação na semana passada, num relatório, que dá conta que nove dos novos casos de poliomielite causados pela vacina estão localizados naqueles quatro países, salientando que outros sete Estados africanos sofrem de epidemias semelhantes.