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Covid-19: Associação Resgate defende que o nadador-salvador deve ajudar autoridades no combate à covid-19 nas praias – “Temos que olhar para o exemplo dos médicos”

Canal S+ / DFM
27-04-2020 11:54h

O presidente da Resgate - Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano, defendeu, numa entrevista ao S+, na passada quinta-feira, que o nadador-salvador deve ajudar as autoridades no combate à covid-19 nas praias, “nunca descurando a missão principal que é a parte aquática, a segurança dentro de água”.

“Se a gente disser, isto é da responsabilidade da capitania, isto é da responsabilidade do nadador, isto é da responsabilidade do concessionário, não vamos a lado nenhum assim”, afirma António Mestre, salientando que “temos que olhar para o exemplo dos médicos”.

Para este profissional, face à situação que se vive, se o nadador-salvador recusar colaborar com as autoridades em funções que não fazem parte dos seus deveres, “não estamos do lado da solução e estamos aqui do lado de complicar e dificultar”.

No entanto, Mestre frisa que as autoridades devem anunciar que vai haver uma colaboração destes socorristas aquáticos porque “não vamos armados em autoridades nem polícias”.

À Lusa, a Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS) advertiu, na passada quinta-feira, que “não compete ao nadador-salvador” a fiscalização das regras de distanciamento social e saúde pública nas praias, mantendo a “preocupação” com a falta de vigilantes.

“A fiscalização das questões de saúde pública não compete ao nadador-salvador. O nadador-salvador não é uma autoridade, presta conselhos a banhistas. O reforço das regras de saúde tem que ser feito pelas autoridades”, disse o presidente daquela federação, Alexandre Tadeia.

Na quarta-feira, o Programa Bandeira Azul avançou que as praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas e que terá de haver “distanciamento social” nas praias nacionais durante a época balnear, devido à pandemia da covid-19.

O arranque da época balnear está a ser planeado para o próximo dia 1 de junho, conforme anunciou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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