As duas linhas telefónicas de apoio extraordinário (social e psicológico), criadas pelo município de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, estão operacionais há cinco semanas.

A operação envolve técnicos da área social e da psicologia, numa dinâmica interdisciplinar que tem assegurado um serviço solidário e de proximidade junto de grupos vulneráveis da população.

"As duas linhas telefónicas de apoio extraordinário para fazer face ao período atual de emergência decorrente da pandemia covid-19 realizaram até ao momento cerca de 200 atendimentos", explica, em comunicado, a Câmara de Oleiros.

A linha de apoio social destina-se a grupos vulneráveis, ou seja, pessoas com idade superior a 65 anos, doentes crónicos, portadores de deficiência, famílias monoparentais e quem se encontre em situação de isolamento, sem suporte familiar e social.

Esta tem como objetivo auxiliar os habitantes na aquisição e entrega de medicamentos e bens alimentares de primeira necessidade: "Até ao momento, foram realizados nesta linha 44 atendimentos e efetuadas 36 entregas".

Já a linha de apoio psicológico de emergência destina-se à população do concelho de Oleiros que necessite de ajuda na gestão do isolamento, ansiedade e angústia decorrentes da conjuntura atual, sendo-lhe prestados primeiros socorros psicológicos.

"Desde a sua abertura, foram já registados 64 atendimentos diretamente relacionados com a pandemia, prestando informações, realizando psicodidática, estabilização emocional e técnicas de gestão de ansiedade e gestão emocional", lê-se na nota.

Para além deste serviço, o Gabinete de Psicologia do município de Oleiros continua a assegurar, por telefone ou videochamada, o apoio habitual aos utentes, como é o caso do apoio ao luto, e tem já contabilizados 89 atendimentos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.