O chefe de Estado do Azerbaijão, Ilham Aliyev, que preside atualmente o Movimento dos Países Não Alinhados, convocou hoje, para 04 de maio, uma cimeira da organização por videoconferência para debater a pandemia do novo coronavírus.
“Acreditamos que esta cimeira do movimento irá analisar a mobilização dos Estados membros para a luta contra o coronavírus, o fortalecimento da solidariedade e o multilateralismo”, afirmou à agência noticiosa espanhola EFE o chefe de Política Externa da administração azeri, Hikmet Hajiyev, ao anunciar a convocatória.
Segundo Hajiyev, a mobilização dos esforços de todos os Estados e organizações internacionais é de “grande importância” nas atuais condições epidemiológicas, razão pela qual todos os Estados membros do movimento apoiaram, de forma unânime, a proposta de Aliyev.
Dado que o Movimento dos Não Alinhados integra 120 países, participarão na cimeira apenas os representantes regionais, tendo sido, paralelamente, convidadas instituições, entre outras, como as Nações Unidas, União Africana (UA), Organização Mundial de Saúde (OMS).
A 18.ª Cimeira do Movimento dos Não Alinhados realizou-se em Baku a 25 e 26 de outubro de 2019, altura em que o país assumiu a presidência “pró tempore” da organização internacional até 2022.
O Movimento dos Não Alinhados foi criado em 1955 na sequência de uma reunião da Conferência Ásia-África então realizada em Bandung, na Indonésia e juntou, inicialmente 24 países para debater preocupações comuns e coordenar posições numa altura em que se dava início a vários processos de independência das potências colonizadoras.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 198 mil mortos e infetou mais de 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 766 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.