O presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, e outros altos representantes do país, surgiram hoje numa ação pública no parque nacional de Pripyat, em Chernobyl, onde se dedicaram à plantação de árvores, não se preocupando com a pandemia da covid-19.
A ação esteve inserida no sábado do trabalho voluntário nacional.
“Quando tomei esta decisão, fui a favor do sábado de trabalho voluntário de uma forma clara. Nós, os representantes, vamos transferir o salário de hoje para o fundo do sábado de trabalho nacional, porque é uma causa sagrada”, disse o presidente bielorrusso, citado pela agência Belta.
O presidente da Bielorrússia dedicou-se à plantação de árvores no parque nacional de Pripyat, que sofreu danos ecológicos, na sequência do desastre nuclear de Chernobyl.
Mantendo uma postura oposta a qualquer medida restritiva, por causa da covid-19, Alexandr Lukashenko referiu que “nada fundamenta o adiamento ou cancelamento do ‘sábado vermelho’ republicano, porque as pessoas trabalham à sexta-feira e nada mudará se trabalharem no sábado”.
De acordo com a agência EFE, o chefe de Estado bielorrusso defendeu ainda que o país não tem necessidade de cancelar as atividades públicas, afirmando que se tudo continuar assim a covid-19 vai ser superada.
Ao contrário dos países vizinhos, que tomaram medidas de contingência para impedir a propagação da pandemia, Lukashenko tem relativizado a situação, garantindo que no seu país ninguém morreu infetada com o novo coronavírus, mas de doenças crónicas antes da infeção.
Segundo dados recentes, foram detetados 8.773 bielorrussos infetados com a covid-19, dos quais 63 morreram.
O Ministério da Saúde do país revelou que as pessoas que morreram sofriam de uma série de doenças crónicas.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.