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Covid-19: Presidente da Bielorrússia planta árvores sem se preocupar com a pandemia

LUSA
25-04-2020 12:01h

O presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, e outros altos representantes do país, surgiram hoje numa ação pública no parque nacional de Pripyat, em Chernobyl, onde se dedicaram à plantação de árvores, não se preocupando com a pandemia da covid-19.

A ação esteve inserida no sábado do trabalho voluntário nacional.

“Quando tomei esta decisão, fui a favor do sábado de trabalho voluntário de uma forma clara. Nós, os representantes, vamos transferir o salário de hoje para o fundo do sábado de trabalho nacional, porque é uma causa sagrada”, disse o presidente bielorrusso, citado pela agência Belta.

O presidente da Bielorrússia dedicou-se à plantação de árvores no parque nacional de Pripyat, que sofreu danos ecológicos, na sequência do desastre nuclear de Chernobyl.

Mantendo uma postura oposta a qualquer medida restritiva, por causa da covid-19, Alexandr Lukashenko referiu que “nada fundamenta o adiamento ou cancelamento do ‘sábado vermelho’ republicano, porque as pessoas trabalham à sexta-feira e nada mudará se trabalharem no sábado”.

De acordo com a agência EFE, o chefe de Estado bielorrusso defendeu ainda que o país não tem necessidade de cancelar as atividades públicas, afirmando que se tudo continuar assim a covid-19 vai ser superada.

Ao contrário dos países vizinhos, que tomaram medidas de contingência para impedir a propagação da pandemia, Lukashenko tem relativizado a situação, garantindo que no seu país ninguém morreu infetada com o novo coronavírus, mas de doenças crónicas antes da infeção.

Segundo dados recentes, foram detetados 8.773 bielorrussos infetados com a covid-19, dos quais 63 morreram.

O Ministério da Saúde do país revelou que as pessoas que morreram sofriam de uma série de doenças crónicas.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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