O encerramento das escolas devido à pandemia da Covid-19 decretado para 16 de março teve um impacto significativo em milhões de famílias em Portugal. As sucessivas renovações do estado de emergência vieram, entretanto, confirmar que a grande maioria das aulas presenciais não vão regressar neste ano letivo. A exceção pode estar no 11º e 12º anos, uma decisão que será anunciada a 30 de abril.
No entanto há mais esferas do Ensino que estão suspensas em Portugal. Uma delas refere-se ao exame de avaliação da formação enquanto médico interno. As provas estavam marcadas para a altura em que a pandemia chegou a Portugal, o que levou à sua suspensão. André Ribeirinho Marques, médico em psiquiatria, foi apanhado neste processo e explica o que está em causa.
As provas estão suspensas, o que implica também uma suspensão na progressão da carreira. André Ribeirinho Marques descreve que os médicos internos foram chamados aos serviços de origem, com funções equiparadas às de especialista, mas sem as condições respetivas.
A suspensão destas provas tem levado a alguns sentimentos de irritabilidade e de ansiedade por parte dos internos, já que a preparação e a expetativa já levam alguns meses. André Ribeirinho Marques confessa que no seu caso foram apenas dois dias que alteraram por completo a planificação de carreira.