O CDS-PP questionou hoje a ministra da Saúde sobre o noticiado aumento do tempo de espera para cirurgias e perguntou se são consequência “dos cortes e cativações que o Governo tem vindo a fazer na área da saúde”.
Numa pergunta enviada ao Ministério da Saúde, através do parlamento, o CDS começa por querer saber como justifica a ministra Marta Temido para que “mais de 50.000 utentes” não seja operados dentro dos chamados Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG), “o que representará um aumento de 18% desde o início do ano”, lê-se no texto dos centristas.
E quer saber que medidas foram tomadas ou vão ser adotadas pelo Governo para resolver o problema e questiona se a ministra acha que “as medidas que diz que o Governo tem vindo a tomar estão a ser insuficientes e ineficazes”.
“São ou não estes aumentos dos tempos de espera consequência dos cortes e cativações que o Governo tem vindo a fazer na área da saúde que têm vindo a limitar o SNS na sua capacidade de resposta?”, pergunta a deputada Ana Rita Bessa, lembrando que este é um problema que o CDS “tanto tem denunciado”.
O Jornal de Notícias noticiou hoje que aumentou o tempo de espera das cirurgias a doentes oncológicos, e que Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologista e Urologia apresenta tempos de espera críticos, enquanto Cirurgia e Ginecologia melhoraram o tempo de espera para o utente.
“Em agosto, estavam 245.000 utentes a aguardar uma cirurgia no Serviço Nacional de Saúde, mais 5.000 do que em janeiro”, lê-se na pergunta, em que o CDS insiste que “o investimento no SNS não tem sido o suficiente para fazer face às necessidades”.