Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Setúbal questionaram o Governo sobre a escassez de médicos no Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, após o aumento da contestação de utentes e profissionais.
Os nove deputados socialistas por Setúbal querem saber se o Ministério da Saúde desenvolveu algum procedimento face aos constrangimentos relacionados com a escassez de recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros nesta unidade hospitalar que abrange os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, no litoral alentejano.
“Nos últimos dias, assistiu-se a um aumento da contestação sobre esta questão, por parte dos utentes, potenciado no dia 12 de novembro pela afixação de um comunicado do chefe de equipa da urgência médico-cirúrgica” a alertar para uma “equipa médica fortemente desfalcada” e “com tempos de espera largamente ultrapassados”, lê-se num comunicado enviado hoje PS à agência Lusa.
Afirmando-se preocupados com “a possibilidade de não estar a ser assegurada a devida prestação de serviços de saúde” à população do litoral alentejano, os deputados querem saber o que o Governo pretende fazer face à "desresponsabilização assumida por parte do chefe de equipa da urgência médico-cirúrgica perante eventuais ocorrências”.
“Qual foi o tempo médio de espera, no período compreendido entre as 20:00 do dia 12 [novembro] e as 08:00 do dia 13 de novembro”, questionaram os parlamentares, entendendo que “devem ser clarificadas as condições de resposta” do HLA.
Os deputados pretendem ainda saber se o conselho de administração do hospital “desenvolveu algumas diligências sobre esses acontecimentos”, se o Ministério da Saúde, tutelado por Marta Temido, confirma “a escassez de recursos humanos recorrentemente reclamada” e que diligências foram ou serão tomadas para contrariar os problemas.