Nove costureiras voluntárias da Cruz Vermelha Portuguesa estão a fazer máscaras sociais para distribuir pelos idosos e mais vulneráveis do concelho de Santa Marta de Penaguião, disse hoje fonte da instituição humanitária.
Emanuel Costa, presidente da Cruz Vermelha de Santa Marta de Penaguião, afirmou à agência Lusa que foi lançado o desafio às costureiras do concelho duriense e que, neste momento, estão nove, entre reformadas e mais jovens, a trabalhar nas suas casas e a ajudar no combate à covid-19.
Segundo o responsável, na segunda-feira já foram entregues as primeiras cerca de 550 máscaras às juntas de freguesias e o objetivo é chegar, para já, às 1.500. O trabalho irá sendo feito de acordo com as necessidades e o evoluir da pandemia.
O Governo recomenda, agora, o uso de máscaras comunitárias (não cirúrgicas) por qualquer pessoa em espaços fechados, como supermercados, farmácias e transportes públicos, como "medida adicional" às já adotadas contra o novo coronavírus.
Emanuel Costa explicou que a distribuição de máscaras sociais fica a cargo dos presidentes das juntas, porque “são eles quem melhor conhece a população e as necessidades de cada um”.
O objetivo é, referiu, que este equipamento de proteção chegue a “quem mais precise” de se proteger da covid-19, por ser idoso ou doente ou quem mais necessite de sair de casa.
O responsável apontou como uma das maiores dificuldades, neste momento, a aquisição de materiais, nomeadamente elásticos, até porque as lojas comerciais se encontram fechadas.
O projeto contou ainda com a ajuda do empresário local Pedro Granja, que ofereceu tecido para a produção das máscaras sociais.
Santa Marta de Penaguião é um concelho do distrito de Vila Real onde predomina a atividade agrícola ligada à vitivinicultura. É também um município com cerca de 9.000 habitantes e uma elevada percentagem de população envelhecida.
Nas últimas semanas, a Comissão Municipal de Apoio ao Idoso reforçou o acompanhamento que faz aos mais velhos e as associações culturais e desportivas foram convidadas para fazer voluntariado, estando disponíveis cerca de 80 pessoas que estão a ser coordenadas pelos presidentes das juntas.
A Câmara está também a garantir que “não falte equipamento de proteção individual às IPSS, bombeiros, GNR e centro de saúde”.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.