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Covid-19: SAP passa de prejuízo a lucro de 814 ME no 1.º trimestre

LUSA
21-04-2020 11:06h

O fabricante de software para empresas SAP anunciou hoje que passou de um prejuízo de 114 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019 para um lucro de 814 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano.

O resultado líquido observado no primeiro trimestre do ano passado foi penalizado pelas despesas de reestruturação, disse a multinacional SAP em comunicado, adiantando que a faturação aumentou para 6.521 milhões de euros no período em análise e que o lucro operacional se situou em 1.210 milhões.

A empresa alemã considerou que o resultado nos dois primeiros meses do primeiro trimestre foi “robusto” e que os efeitos da crise provocada pela pandemia da covid-19 se intensificaram no final do trimestre em apreço.

No final do primeiro trimestre observou-se o adiamento de novos contratos, pelo que as receitas das licenças de software caíram significativamente, quando comparadas com idêntico período do ano anterior, lê-se no comunicado.

A receita de licenças e assinaturas de software diminuíram em 3% no primeiro trimestre, para 3.386 milhões de euros, enquanto as receitas de prestação de serviços de informática em rede e de suporte à nuvem (‘cloud’) aumentaram 29%, para 2.011 milhões de euros, em termos homólogos.

As despesas operacionais, por sua vez, caíram 15%, para 5.311 milhões de euros, face a igual trimestre do ano anterior.

A SAP informou também que Jennifer Morgan, que foi presidente executiva em simultâneo com Christian Klein, desde há meio ano, deixará a empresa em 30 de abril.

Klein, de 39 anos, vai passar a ser o único presidente executivo da SAP no atual contexto da crise provocada pela pandemia da covid-19.

“Mais do que nunca a situação atual exige das empresas uma atuação rápida e decidida e uma estrutura de direção clara e que apoie”, lê-se no comunicado.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 167 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (42.094) e mais casos de infeção confirmados (mais de 784 mil).

Seguem-se Itália (24.144 mortos, em mais de 181 mil casos), Espanha (20.852 mortos, mais de 200 mil casos), França (20.265 mortos, mais de 155 mil casos) e Reino Unido (16.509 mortos, quase 125 mil casos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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