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Covid-19: França e Rússia discutem possível reunião do Conselho de Segurança da ONU

LUSA
17-04-2020 22:36h

Os presidentes da Rússia e da França, Vladimir Putin e Emmanuel Macron, discutiram hoje a possibilidade de reunir os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), acusado de desunião na crise do novo coronavírus.

“A possibilidade de uma reunião de trabalho por videoconferência”, entre os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança, foi abordada no decorrer de uma conversa telefónica entre Moscovo e Paris, de acordo com um comunicado do Kremlin que não adiantou mais pormenores.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, tinha apelado na semana passada ao Conselho de Segurança para se unir no combate à pandemia de covid-19 e o presidente francês Emmanuel Macron disse, quarta-feira, que aguardava apenas a aprovação de Vladimir Putin para marcar a videoconferência, depois de ter já obtido a concordância dos restantes líderes permanentes.

Também o ministro dos negócios estrangeiros de Moscovo, Sergei Lavrov, e o seu homólogo norte-americano, Mike Pompeo, acordaram hoje, numa conversa telefónica, “colaborar em conjunto” na organização de uma reunião entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, segundo um comunicado do ministério russo.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por Rússia, França, China, Reino Unido e Estados Unidos de forma permanente e por 10 outros membros não permanentes.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (34 mil) e mais casos de infeção confirmados (671 mil). França é o quarto país mais afetado (18 mil mortos, 147 mil casos), seguido do Reino Unido (14 mil mortos, 108 mil casos).

A Rússia regista, segundo os dados mais recentes revelados por Moscovo, 32.008 casos de coronavírus e 273 mortos.

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