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Covid-19: PAN espera que “não se promovam festejos inadequados” no 1.º de Maio

LUSA
17-04-2020 22:32h

O PAN afirmou hoje esperar que “não se promovam festejos inadequados” no 1.º de Maio, bem como no 25 de Abril, e apelou ao bom senso dos portugueses para que mantenham “um registo responsável”.

Num vídeo enviado à comunicação social, sobre as medidas decretadas pelo Governo para o terceiro período do estado de emergência, Inês Sousa Real alertou que “nem todas as pessoas vão poder celebrar o 25 de Abril ou o 1.º de Maio”.

“Mais do que nunca é fundamental acautelar que o que impera é o bom senso e que, como tal, não se promovam festejos inadequados aos tempos em que vivemos”, afirmou, apelando a um “registo responsável” por parte dos portugueses e das várias instituições envolvidas na organização dos festejos.

No caso do 25 de Abril, a deputada reiterou que é “precipitado realizar essas cerimónias com a presença de convidados, ou com um número elevado de pessoas que possam permanecer num único local”, e considerou “de todo contraproducente” que “se insista em manter o momento tradicional desta cerimónia”, na Assembleia da República, ainda que com pouco mais de uma centena de pessoas, quando o país atravessa “tempos excecionais”.

Na ótica do PAN, “as medidas de levantamento das limitações até aqui adotadas devem ser tomadas com a devida segurança e cautela, de forma faseada e gradual”.

Neste sentido, a líder parlamentar observou que no norte “há uma probabilidade de infeção superior” ao resto do país, pelo que “esses dados não poderão ser descurados”​no levantamento das medidas.

Quanto ao relançamento da atividade económica, o partido considera “mais do que relevante que estas medidas estejam devidamente alinhadas com as recomendações resultantes do conhecimento científico da covid, e também das recomendações da Organização Mundial de Saúde”.

Das conclusões do Conselho de Ministros, o PAN congratulou-se com a fixação dos limites de lucro nos equipamentos de proteção individual, que “só pesa por tardia”, o apoio de 15 milhões de euros para a comunicação social ou o “não pagamento de indemnizações no âmbito das parcerias público-privadas rodoviárias”, pedindo que se “avance urgentemente para a sua renegociação”.

Ainda assim, Inês Sousa Real apontou ser “profundamente lamentável que o Governo continue, ao fim de um mês do estado de emergência, a menorizar aquilo que possa ser o apoio aos trabalhadores do setor da cultura”.

No que toca ao concelho de Ovar, a líder parlamentar do PAN pediu “uma especial atenção” para a economia local, afetada pela cerca sanitária, e “planos de contingência para as diferentes atividades económicas, empresariais ou terciárias”.

 

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