O PAN afirmou hoje esperar que “não se promovam festejos inadequados” no 1.º de Maio, bem como no 25 de Abril, e apelou ao bom senso dos portugueses para que mantenham “um registo responsável”.
Num vídeo enviado à comunicação social, sobre as medidas decretadas pelo Governo para o terceiro período do estado de emergência, Inês Sousa Real alertou que “nem todas as pessoas vão poder celebrar o 25 de Abril ou o 1.º de Maio”.
“Mais do que nunca é fundamental acautelar que o que impera é o bom senso e que, como tal, não se promovam festejos inadequados aos tempos em que vivemos”, afirmou, apelando a um “registo responsável” por parte dos portugueses e das várias instituições envolvidas na organização dos festejos.
No caso do 25 de Abril, a deputada reiterou que é “precipitado realizar essas cerimónias com a presença de convidados, ou com um número elevado de pessoas que possam permanecer num único local”, e considerou “de todo contraproducente” que “se insista em manter o momento tradicional desta cerimónia”, na Assembleia da República, ainda que com pouco mais de uma centena de pessoas, quando o país atravessa “tempos excecionais”.
Na ótica do PAN, “as medidas de levantamento das limitações até aqui adotadas devem ser tomadas com a devida segurança e cautela, de forma faseada e gradual”.
Neste sentido, a líder parlamentar observou que no norte “há uma probabilidade de infeção superior” ao resto do país, pelo que “esses dados não poderão ser descurados”no levantamento das medidas.
Quanto ao relançamento da atividade económica, o partido considera “mais do que relevante que estas medidas estejam devidamente alinhadas com as recomendações resultantes do conhecimento científico da covid, e também das recomendações da Organização Mundial de Saúde”.
Das conclusões do Conselho de Ministros, o PAN congratulou-se com a fixação dos limites de lucro nos equipamentos de proteção individual, que “só pesa por tardia”, o apoio de 15 milhões de euros para a comunicação social ou o “não pagamento de indemnizações no âmbito das parcerias público-privadas rodoviárias”, pedindo que se “avance urgentemente para a sua renegociação”.
Ainda assim, Inês Sousa Real apontou ser “profundamente lamentável que o Governo continue, ao fim de um mês do estado de emergência, a menorizar aquilo que possa ser o apoio aos trabalhadores do setor da cultura”.
No que toca ao concelho de Ovar, a líder parlamentar do PAN pediu “uma especial atenção” para a economia local, afetada pela cerca sanitária, e “planos de contingência para as diferentes atividades económicas, empresariais ou terciárias”.