O PCP defendeu hoje um reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em profissionais e meios, para responder à pandemia de covid-19 e à “situação preocupante” aos casos de doentes crónicos e oncológicos.
Num comunicado sobre a situação dos doentes que deixaram de recorrer aos serviços do SNS, os comunistas alertaram para “os relatos de suspensão de atos de acompanhamento médico, situação particularmente preocupante no caso de pessoas com doenças crónicas e oncológicas”.
“A redução muito significativa do número de idas às urgências que ultrapassa, em muito, as falsas urgências que habitualmente se verificam nos hospitais do SNS”, lê-se no comunicado.
Segundo o comunicado, “na origem desta situação está o receio suscitado pelas implicações da covid-19”, o que leva o PCP a propor urgência a “garantir o contacto com todos os que estão referenciados nos hospitais e centros de saúde, como doentes a precisarem de acompanhamento regular, com o objetivo de remarcar consultas e cirurgias, dando a conhecer a esses utentes as medidas que foram tomadas para as garantir”.
Os comunistas propõem “medidas imediatas”, a começar pela “adoção de um programa de reforço urgente do SNS em profissionais, meios e instalações, com particular incidência nos cuidados primários, assegurando o funcionamento das extensões de saúde e nos serviços de urgência”.
A segunda passa por “identificar as carências de médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, assistentes técnicos e operacionais” e “proceder à sua contratação e substituir subcontratações e vínculos precários por contratações com vínculo público efetivo”.
A terceira é “valorizar os profissionais de saúde no plano social, profissional e remuneratório, através da melhoria das condições de trabalho, reposição de direitos e dignificação das carreiras” e a quarta é “reabrir valências, entretanto encerradas em alguns hospitais e aumento do número de camas de [doentes] agudos, em articulação com os cuidados primários e continuados”.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.