Numa conferência de imprensa, no Porto, o governante explicou que "para isso foi montada uma grande operação logística que envolve a Autoridade Regional de Saúde-Norte, os Agrupamentos de Centros de Saúde, os Centros Distritais da Segurança Social, a Proteção Civil, o INEM e a Cruz Vermelha".

Eduardo Pinheiro, que falava enquanto Autoridade para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional-Norte, garantiu que o rastreio vai ser feito em todos os concelhos do Norte do país, dando prioridade à utilização das infraestruturas de testagem já existentes no território.

Nesta primeira fase, explicou, a testagem vai ser concentrada nos trabalhadores dos lares de idosos, dado que é neles que "reside o maior risco de transporte do vírus para dentro dos lares".

"Estamos a falar de um total de mais de 20 mil trabalhadores. É verdade que muitos já foram testados, mas ainda assim, teremos de assegurar a realização de mais testes. Sei que o número é grande, mas mais importante é que tal medida garante a segurança a mais de 25 mil utentes", disse, sublinhando que a testagem só é verdadeiramente eficaz se todos lares tiveram Planos de Contingência adequados e que estejam a ser cumpridos integralmente.

Questionado pelos jornalistas sobre a capacidade para dar resposta a este plano, seja em número de testes, seja em termos laboratoriais, Eduardo Pinheiro garantiu ter os recursos disponíveis para, "num esforço acrescido onde não vai haver sábados, não vai haver domingos", ou pausas, assegurar que, num espaço curto de tempo, é possível dar resposta à "necessidade clara de testar estes lares".

"Neste momento temos garantia de testes. Temos com todos os ACES [Agrupamentos de Agrupamento de Centros de Saúde] e também o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] a capacidade de recolha, naturalmente com o apoio da Proteção Civil e com a colaboração de todos os municípios (..). E teremos a capacidade laboratorial para o fazer", reiterou.

O governante esclareceu ainda que, neste momento a prioridade são os trabalhadores, pelo que, tal como está já a ser posto em prática, os idosos serão testados caso apresentem sintomas ou algum funcionário teste positivo.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.