“Ainda que a África do Sul tenha o surto mais severo da África Subsaariana, a África Central e Ocidental são uma preocupação crescente: os Camarões confirmaram mais de 800 casos, enquanto Níger, Costa do Marfim e Guiné-Conacri registaram um rápido aumento do número de casos na última semana”, refere um comunicado do gabinete regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesse sentido, agências como a OMS e o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a organização regional União Africana, em parceria com os governos nacionais e a fundação Jack Ma entregaram materiais como viseiras, luvas, óculos de proteção, batas, máscaras, termómetros e mais de 400 ventiladores a vários países destas duas regiões.

“Onze dos 17 países com mais de 100 casos de covid-19 estão na África Central e Ocidental”, vincou a diretora regional da OMS em África, Matshidiso Moeti.

A dirigente regional acrescentou: “Estamos a trabalhar com os governos para entender melhor o que está a acontecer no terreno, mas é preocupante porque os países nestas sub-regiões têm regularmente sistemas de saúde frágeis”.

A diretora considerou que o equipamento que está a ser distribuído vai permitir que os trabalhadores da área da saúde “tratem 30.000 pacientes sem se colocarem em risco”.

Com o encerramento de várias fronteiras e com o cancelamento dos voos internacionais, a entrega de materiais médicos tornou-se mais complicada, algo que levou a OMS, a apelar ao estabelecimento de “voos solidários” para a entrega destes equipamentos.

A nível global, pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

O número de mortes por covid-19 em África subiu hoje para 910 num universo de 17.212 infeções registadas em 52 países.

O número de doentes recuperados é agora de 3.546.