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Covid-19: Governo da Finlândia levanta isolamento na região que inclui a capital

LUSA
15-04-2020 11:14h

O Governo da Finlândia levantou hoje o isolamento da região de Uusimaa, onde fica Helsínquia, uma medida que tinha sido adotada há três semanas para limitar a propagação do novo coronavírus, anunciou a primeira-ministra, Sanna Marin.

"A epidemia está presente em todo o país. Em algumas áreas, a incidência aumentou mais do que em Uusimaa, então não há mais motivos para restringir o movimento nessa região", disse a primeira-ministra finlandesa, numa conferência de imprensa em Helsínquia.

As medidas de isolamento em Uusimaa, região com 1,7 milhões de habitantes, 30% da população finlandesa, incluíam a proibição de entrada e saída de pessoas, exceto por razões excecionais, uma vez que a zona concentrava quase dois terços dos todas as infeções do país nórdico.

Apesar de suspender o isolamento, o Governo finlandês continua a recomendar aos cidadãos que evitem viajar pelo país, a menos que seja estritamente necessário, e não descarta tomar medidas drásticas se a situação piorar.

"Não temos uma bola de cristal para ver o futuro. É possível que, se a evolução da pandemia mudar, o Governo precise reintroduzir as restrições", afirmou Marin.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar Social (THL), Mika Salminen, as medidas para conter a epidemia claramente desaceleraram a taxa de infeções, mas não foram capazes de impedir que a covid-19 chegasse a todas as partes do país.

A Finlândia mantém fronteiras, escolas e locais de entretenimento fechados, embora o comércio ainda esteja aberto e os cidadãos possam sair livremente à rua, desde que grupos de mais de dez pessoas sejam evitados.

Segundo dados oficiais, a pandemia da covid-19 causou até agora 64 mortes na Finlândia, com um total de 3.161 casos de contágio confirmados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, cerca de 413.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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