A associação ambientalista Zero aconselhou hoje o uso de máscaras sociais/comunitárias (não cirúrgicas) reutilizáveis no combate à covid-19, o que reduz “de forma muito significativa” a produção de resíduos, muitos deles depois abandonados no ambiente.
A recomendação da associação, em comunicado, surge um dia depois de a ministra da saúde, Marta Temido, dizer que as máscaras não cirúrgicas, as máscaras sociais ou comunitárias, podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos.
Também na segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) admitiu o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com várias pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória.
As condições para o uso dos vários tipos de máscaras foram publicadas numa informação, em que a DGS recorda orientações emitidas anteriormente.
Tendo em conta a atual crise de saúde pública devido ao novo coronavírus a Zero lembra que aumentou exponencialmente o uso de máscaras e lembra também que as máscaras cirúrgicas devem ser usadas por quem verdadeiramente precisa, como os profissionais de saúde.
Com o aumento da procura de máscaras houve também uma escassez do produto no mercado, o que pode alargar a possibilidade de contágio dos mais expostos (pela falta de máscaras), sendo essa mais uma razão para o uso de máscaras reutilizáveis, diz a Zero.
Para a associação é importante garantir a disponibilidade de máscaras cirúrgicas para os grupos prioritários e reduzir a produção de resíduos, o que é conseguido optando-se por máscaras sociais reutilizáveis.
“Existem vários recursos na internet onde se ensina a fazer este tipo de máscaras e é fundamental usá-las e higienizá-las bem, após cada utilização”, diz-se no comunicado, no qual se lembra que essas máscaras são apenas um complemento, já que o importante é o distanciamento social, a lavagem frequente das mãos e o confinamento.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o último balanço da DGS, registam-se 535 mortos e 16.934 casos de infeção confirmados.