Os voos nacionais e internacionais na Venezuela vão continuar suspensos até ao próximo dia 12 de maio, anunciou hoje o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) venezuelano.
“O INAC, cumprindo com as diretrizes do Executivo Nacional (…) informa o povo venezuelano sobre a extensão da restrição das operações aéreas no território nacional por 30 dias, desde 12 abril”, explica um comunicado divulgado em Caracas.
Os voos nacionais e internacionais tinham sido restringidos desde 12 de março último, por um mês.
Segundo o INAC, a restrição tem como propósito “continuar a garantir a segurança do povo venezuelano e prestar o apoio necessário durante a atual contingência real perante a pandemia da covid-19”.
“Ficam excetuados (das restrições) as operações em estado de emergência, os voos de carga e correio, as aterragens técnicas, os voos de humanitários, de repatriamento, os voos autorizados pelas Nações Unidos e os sobrevoos (voos de passagem sobre o território) de carga e comerciais”, explica.
Segundo o INAC, “como medida preventiva perante o novo coronavírus, os passageiros das operações antes mencionadas devem cumprir a quarentena social coletiva, sob rigorosa supervisão do Estado, assim como ser submetidos às correspondentes avaliações médicas”.
“Os voos excetuados devem ter uma pré-autorização da Autoridade Aeronáutica Venezuelana, das autoridades sanitárias e de migração”, sublinha.
A Venezuela tem oficialmente 181 casos confirmados de contágio e nove mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo tomar "decisões drásticas" para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias, e prolongado por igual período.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os 24 estados do país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.