O Presidente francês, Emmanuel Macron, poderá prolongar o confinamento no país pelo menos até 10 de maio, de acordo com fontes presidenciais citadas hoje pela agência France-Presse (AFP).
Interrogado sobre essa possibilidade, o gabinete de Macron, que se deverá dirigir aos franceses na segunda-feira à noite para falar sobre a gestão da crise provocada pela pandemia, não quis fazer qualquer comentário.
O Journal du Dimanche refere hoje a possibilidade de as medidas de confinamento devido à covid-19 se prolongarem até ao final de maio e de a reabertura das escolas acontecer apenas em setembro.
O balanço oficial divulgado sábado, aponta para um total de 13.832 mortos pela doença covid-19 em França, mais 635 que no dia anterior.
A AFP cita fontes próximas do Presidente francês, segundo as quais Macron deverá apontar para uma data entre 08 e 10 de maio para o levantamento das restrições, “uma data suficientemente distante” para ajudar a compreender o “esforço que ainda é preciso fazer”, mas “suficientemente próxima para preparar a França para o pós” pandemia.
As medidas de confinamento estão em vigor em França desde 16 de março e qualquer regresso à normalidade não será imediato, salientam, dando como exemplo a impossibilidade de reabrir imediatamente comércio e escolas, sendo que a reabertura destas apenas em setembro não está ainda decidida.
O Presidente francês deverá dirigir-se aos franceses através da televisão na segunda-feira à noite, no final de uma série de consultas junto de médicos, de eleitos, de associações e dos seus homólogos europeus, para dar conta dos procedimentos a seguir nas próximas semanas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infetou quase 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 360 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 910 mil infetados e mais de 75 mil mortos, é o que regista atualmente o maior número de casos.